Não me agrada ser sempre o centro das... andressa feitosa

Não me agrada ser sempre o centro das atenções. Porque é muito cansativo mostrar a todo o momento o seu potencial ao mundo. Tenho desinteresse em ser interessante, não me importa se minha beleza te ofusca os olhos ou te reprime os sentidos. Ser leve sem ter que preocupar o que acham de mim é a verdadeira liberdade. Poder usar aquele pijama velho, óculos de aro grosso estirada no sofá assistindo filme do Woody Allen, é o que me agrada. Conquistei paz. Acontece que levou muito tempo pro meu corpo acostumar a isso. Sem mostrar ao mundo que estou a todo tempo feliz. É preciso conquistar a felicidade quando está só entre você e e seus abismo. Só depois de conhecer os dias de tristezas , entendi o valor dos dias calmos. Já não me importo em transparecer em ser a pessoa mais inteligente, esperamos o tempo todo que olhem o quão bom somos, mas esquecemos que nem todo mundo enxerga o que é de valor, porque ainda não aprenderam o que é valor. Agora só mostro o quão boa posso ser a quem realmente me conhece e sabe minhas incertezas, lutas diárias e medos. Fora isso, me tranco no meu quarto sábado a noite e vou rir comigo, sozinha o quão são infelizes as pessoas que precisam de estar o tempo em companhia de alguém,bebendo pra mostrar que é livre. Mesmo que tem dias que meu vazio me consome, a calmaria me mostra que é o melhor caminho a seguir.
Tô quietinha, sem complicar, sem esperar, sem me desesperar. Sem o riso alto lotado de amigos ou sem o choro reprimido da solidão, estou em paz. E olha só é o melhor momento que já vivi, sem expectativas, sem inveja alheia, sem condenação, sem amores falsos, amizades passageiras. O que resta são pequenos surtos de felicidades e bons textos acompanhados de vinhos;
Que assim seja, leve, livre sem felicidade alta pra não virar choros escondidos. Já não preciso mostrar que sou diamante, se as pessoas só conseguem enxergar brilhos falsos e cacos de vidro. Deixo pra quem sabe diferenciar e apreciar. Deixo pra quem sabe me lapidar