Desculpa, rapaz. Desculpa por fazer,... Laís Heidemann
Desculpa, rapaz. Desculpa por fazer, quase sempre, a coisa errada. Desculpa por tua ausência me causar esses pensamentos sem sentidos, essas minhas bobagens que te falo sem nem antes pensar. Há muita coisa que não te conto, pelo simples motivo de ter medo de me arrepender depois. Somos dois corpos com um vazio implorando para ser preenchido, e eu não sei qual parte do teu corpo quer que eu o preencha, João. Não sei se teus lábios anseiam pelos meus, assim como os mesmos pronunciam teu nome num tom quase inaudível. Eu não sei da sua alma, não sei se cheguei a atingi-la ou se ela já tentou sair daí pra vir pra cá. Não tenho nem ideia de que tipo de sorriso você faz, me diz, mostras os dentes quando sorri por mim? Fica com a cara de bobo, e esconde o rosto pra nem você acreditar estar fazendo isso pela garota nova que soube te fissurar? Qual o teu problema, me conta. Já te fiz escutar muito, e deixo você soltar o verbo também. Meu corpo é teu, tens o direito de me abraçar e pode até não me soltar nunca mais, se quiser. Apenas recomendo não falar nada ao sussurros, se não tem a intenção de me posicionar aí no teu coração. É que eu me entrego fácil, e você é ao contrário, isso é algo que me preocupa. Mas arrisco me perder nos teus olhos escuros, se prometer me achar logo em seguida. Me guarda pra ti, eu nem ligo. Já esqueci de mim faz um tempo, saiba disso. Meu objetivo é continuar nossa história sem nenhum estrago no coração, sem traumas. Eu não desejo tirar o brilho dos teu olhos, John. Acho que todos merecem boas memórias. E, bem, minha memória não é das melhores, mas de você eu vou lembrar sempre. Você sabe.