Ninguém nunca entenderá como deve ser,... Laís Heidemann

Ninguém nunca entenderá como deve ser, ou como aconteceu. Só entenderão o que mereceu, o que sentiu, o que marcou. E podem não entender nem isso também, mas confusão faz parte do que acontece, faz parte de tudo que há por ai. Confusão é o novo alzheimer, eu diria. Porque, veja bem, de confuso todos somos um pouco, não acha? E algumas situações ainda confundem muito mais, e esse acúmulo nos leva à loucura. Tudo bem, não se generaliza algo desse tipo, mas é o único jeito de não se especificar em algo, ou alguém. Confusão é o mal do século, meu bem. Século pelo qual todos esperamos que passe a cada dia, pois os dias estão cada vez mais infinitos e nunca se sabe o limite da felicidade. Essa é a parte ruim. Felicidade tem data e hora para acabar, e a culpa, a tristeza nunca acaba, acredite. Ela some, é claro, não somos depressivos à beira de nenhum precipício mental, mas sabemos que os momentos tristes duram muito mais que os felizes. Prova de que morremos à cada final do dia, e, normalmente, nascemos junto ao sol. Ah, onde está a confusão nisso tudo? Em seu pensamento agora. Tentando entender onde estou querendo chegar com tudo isso. Eu lhe respondo: quero chegar no fim. E esse, meu caro, é o fim.
Estou sendo “bem-vinda”.