ODE AO OUTONO Como quem quisesse cantar... Pedro Aquino Cunha

ODE AO OUTONO Como quem quisesse cantar um segredo Pulastes e Voastes em sossego Do alto de um galho Saudades de Brumário O vento que nina as árvores E que carr... Frase de Pedro Aquino Cunha.

ODE AO OUTONO

Como quem quisesse cantar um segredo
Pulastes e Voastes em sossego
Do alto de um galho
Saudades de Brumário

O vento que nina as árvores
E que carrega rios
É o mesmo que varre o chao.
Colore de amarelo a estrada da solidao

O Lírio que decora velório,
Tu é o mais fiel expectador
da expectativa da dor
da vida do que foi e
dos que tentarao
em vao ser saos.

O que tu és se nao um torpor de verao?
O que tu és ingrata agonia?
Se nao a curva que a estrada rasga o chao?

És a sintonia da ironia
A insonia devida
de vida
da Vida.