Laura Minha Rainha, Mainha. Pra minha... Rodriggo Souza
Laura Minha Rainha, Mainha.
Pra minha mãe sempre fui um filho distante, um filho montanha, um filho gigante, um filho longe de seus afagos e abraços. Ela sempre imbuída de afeto e solidão. Sempre incumbida dos mais naturais cuidados zelos, preocupações pentelhas – Não suba no muro, não caia daí!.
Fui crescendo cheio de mimos por aquelas mãozinhas surradas pela labuta, labor afã.
Por aquelas palavras esbugalhadas de medo, sofrimento e dor.
Hoje crescido, minha mãe velha de pele marcada pela falta de amor e carinho. Me vejo cada vez mais distante dela porém ela ainda mais colada a mim. Debilita, limitada fisicamente, percebo que mais debilitado e limitado é o meu amor ou falta dele para com ela, um amor retroativo sabe? Eu totalmente vassalo a ela, "um grão de areia uma gota d'água", sempre fui desde da barriga, lugar aonde morrei, comi e bebi através dela. Ela que me permitiu viver junto das suas entranhas vísceras, aonde por 9 meses fui um órgão dependente de sua respiração. Onírico ao seus sonhos. "Deixar de ser óvulo, indefinição, projeto, embrião. Pra ser bebê, criança homem, varão". Enfim assim, de lágrimas no rosto e na alma, de pedra na garganta e na consciência. Reverencio você minha terna e eterna Rainha, minha mãe madre Mainha Laura. Seus feliz dia das mães.