Ao nos decepcionarmos com uma pessoa,... Jeozadaque Martins

Ao nos decepcionarmos com uma pessoa, dizemos que ela morreu pra gente. Mas, vez ou outra, nos deparamos em frente ao seu túmulo perguntando porque teve de ser assim. Então percebemos que a pessoa não está morta o suficiente a ponto de te deixar neutro do que você sentia (na verdade, ainda sente) por ela. Isso acontece porque talvez você ainda a ame. Talvez você ainda sinta uma pontinha de esperança de que tudo ainda pode dar certo, de que o jogo ainda não acabou. Então você percebe que é a esperança que é cega, burra, e não o amor.
Mas no fim das contas o único que pode dar a cartada final nesse enredo é o tempo. Ele que tem poder para fazer do maior sentimento apenas uma vaga lembrança de que tudo na vida passa. Ele que sempre sussurra o tempo todo: "Espera, vai passar. Sempre passou, lembra?"
Então você aprende que a tristeza é só uma fase. E que a alegria também. Percebe que o amor é apenas aquela plantinha que você conserva no quintal de casa, e que basta você parar de regar para ela morrer. Mas o pior de tudo é se convencer disso, parar de encher o recipiente com água e parar de regá-la.