Até pouquíssimo tempo atrás, eu me... Sabrina Niehues

Até pouquíssimo tempo atrás, eu me considerava uma pessoa de boa alma. Uma alma pura, e talvez até inocente demais pra esse mundo. As pessoas sempre foram falsas. E o problema é que elas encenam muito bem. Então desde sempre eu convivi em meio a falsidade, pensando ser tudo amizade. Então a máscara caiu e eu vi meus inimigos. Aqueles que você pensava serem seus amigos. Então quando você se sente traído, uma espécie de raiva invade todo o seu ser. E nessa raiva, você sente vontade de ser alguém ruim e mau. Por que? Porque você sente vontade de vingança. Eu creio que vingança é coisas para os fracos de espírito. Mas no momento de ira, ninguém mais tem espírito. No momento do ódio você apenas deseja vingança por ter sido traído. Eu era uma boa pessoa, até descobrir que o mundo e as pessoas são ruins. Me senti traída quando descobri isso. Foi como se meu mundo bom estivesse se desmoronando em frente aos meus olhos. Como se ele nunca tivesse existido. O que na verdade é verdade. O mundo bom nunca existiu. E sabe o que acontece? As pessoas riem de mim por eu ser tão boa. Riem dizendo que sou idiota. Costume da sociedade de ver o lado ruim das pessoas, e não o lado bom. Eu creio que eu era uma boa pessoa, sempre pensando no próximo e desejando a felicidade de todos, até de meus inimigos. Então todos me chamaram de idiota por ser assim. É claro que não gostei. Na verdade agora, após o excesso de raiva, eu consigo sentir pena deste mundo imundo. Dessas pessoas ruins que não vêem as coisas boas do mundo. Essas pessoas más, que riem de mim por eu ser alguém do bem. Isso deve ser o que, inveja? Não é necessário esse sentimento ruim. Você também pode ser do bem. Basta querer.