Tantos "entos", quantos... Patrícia Renata
Tantos "entos", quantos "ãos"!
Queria que as festas infantis não virassem festas de casamento.
Que fosse ensinado que o luxo maior, é um nobre sentimento.
E quando fossem gastar, investissem mais no conhecimento.
Pois a roupa brilhante das crianças, perdem o brilho em pouco tempo.
Que as luzes dos sorrisos, brilhem mais que a ostentação.
Que o maior reconhecimento fosse o ato do perdão.
Que as crianças a chorar recebessem compreensão.
E ao invés de apanhar, ganhassem mais educação.
Elas precisam mesmo da sutileza e disponibilidade do nosso tempo.
Pois às vezes um rancor, se transforma em aprimoramento.
Que as mães ao ensinar, incentivassem o autoconhecimento.
Quando crescessem para trabalhar, saberiam ao certo responder
os seus próprios questionamentos.
Tantos "entos", quantos "ãos"!
Quanto tempo ainda precisarão?
Quanto falta a entender que o futuro da nação
dependem das crianças que hoje estão em nossas mãos?