Ninguém entende minha estranha... andressa feitosa

Ninguém entende minha estranha necessidade de ser só. Mas o que ninguém sabe que suprir essa necessidade de ser preenchida por alguém que sempre vai embora, dói demais. A conquista nunca me doeu tanto, por que deixar alguém entrar na sua vida, saber das suas vontades me parte em pedaços. Por que sei que depois de tantos gostos em comum, viagens e músicas que a gente adora, o incomum vai pesar mais. O final eu já sei, e já perdi a conta quantas pessoas que me deram as costas e já desisti de contar todas vez que segurei o coração na mão, engoli o choro, ergui a cabeça e mostrei o sorriso que não era verdadeiro.
Ser só é minha preservação, já não me interessa alguém interessante, inteligente, bonito. Só me interessa alguém que insista em mim mesmo quando quero ser solidão. Mas a maioria não entende, e se preenche de vazios prevendo uma partida dolorosa.
Já não quero ter a certeza de nada, nem de que vou acordar ao lado de alguém, por que de tantas rasteiras e decepções eu prefiro me surpreender. E antes que acorde e já terei partido.
Relações me assustam, e quando me oferecem carinho eu estranho, num mundo onde busca por corpos e não sentimentos quando encontro alguém que me escute e me dê carinho eu surpreendo, mas o medo de decepcionar novamente me faz conter.
Mas por enquanto, me deixe só. Que só ninguém me machuca, ninguém me trai. ninguém mente, ninguém vai embora; Porque só eu ainda estou inteira, sem a certeza que me partirei e pedaços quando você for embora