A dor de se criar uma flor, cuido, cuido... celso roberto nadilo
a dor de se criar uma flor,
cuido, cuido ate defendo,
adulo, adulo, desdenho meus sentimentos,
desdobro redobro para não faltar nada,
semeio, coloco adubo, ensino respeito,
dou, tudo que não tive, se tive foi amargo,
revelo meus sentimentos mais profundos nessa vida,
dou água luz todos dias na falta de tudo,
dei tudo que não tinha o melhor de mim.
mesmo assim não sou o melhor nem o pior,
tenho um pouco com dignidade,
se dei carinho,
foi para criar se a beleza,
para mundo apreciar,
como amor se paga,
como se recebe,
a tristeza vem com espinhos,
mesmo beleza mais extensa, florida,
no amargo da escuridão,
o espinho são puros na dor,
o vazio extremo transpõem sua beleza,
quando a toco com carinho, abre-se...
o destino de frieza e amargura,
um fel que transcende a amplitude do coração,
por que sois assim lhe dei a vida amor,
respeito, dignidade e honra, mas ninguém perfeito,
falto a humildade então a ferida é tão profunda,
que meu coração nunca mais se recupero,
dessa triste experiencia ficaram a marca de uma vida,
a rosa morreu sem dar uma unica risada.
por celso roberto nadilo