Os olhos miúdos de quem muito chorou.... Cris Vieira Cardaretti
Os olhos miúdos de quem muito chorou. Havia dor física, inclusive. Ela, assim, o abandonou. Ela não sabia aonde ir, mas sabia que ali não era mais seu lugar. O coração dele estava se fechando, se trancando... Não havia mais espaço para ela dentro dele. O coração dela estava descompassado, emitia um ruído, parecia vidro. Ele nunca mais foi amado como ela o amou. Seguiram caminhos tortuosos, mas, seguiram como sempre seguem os que amam demais. Seguiram cambaleantes como os amantes. Seguiram desesperançosos como os temerosos. Mas, seguiram. E continuarão a seguir, sempre em frente! Caminham por entre ruínas, mas caminham. Tropeçam em esquinas, mas sempre caminham...Os covardes sempre estão entre nós. Temo por eles! Temo por mim