Uma vez me perguntaram que tipo de... Nathali Carvalho
Uma vez me perguntaram que tipo de pessoa eu sou, respondi que eu era 60% sanidade e 40% loucura, não foi o suficiente, pediram para que eu fosse mais exata. Intensidade eu me resumo à intensidade, ou gosto, ou não gosto. Meus olhos transparecem o que está dentro de mim, gritam com toda voracidade o que eu sinto, olhar no fundo deles é se perder em um véu da noite, escuro e sem estrelas, sem estrelas porque sou egoísta e guardo todas as lembranças boas e belas só pra mim, pois são as únicas coisas que realmente irá permanecer. Conviver comigo é como tentar sobreviver em uma ilha deserta sem mantimentos, a gente nunca sabe o que vai acontecer, tem que se estar preparado para imprevistos, uma hora está tudo bem, outra o mundo está do avesso. Eu estou do avesso. Não se aproxime de mim caso a sua intenção seja ir embora, ou soma, ou some. Você não vai conseguir ganhar o meu coração, se eu ainda tiver um e você fazer por merecer, eu o embrulho e lhe dou de presente, mas se você magoa-lo, quebra-lo, siga a sua vida, ele não costuma confiar duas vezes. Eu sou um livro sem fim, com começo e meio alternados, misturados, não é fácil me decifrar, me aceitar, me entender, me amar, me acompanhar, mas quem disse que seria fácil? O melhor de mim nem todos podem ver, mas o segredo está nos olhos, o melhor de mim se encontra nas brasas da fogueira fria que ele revela sempre que é intimidado. Sou céu e inferno, com o poder de perdoar, mas sem amnésia, sou anjo e demônio, mas sem o poder de lhe influenciar, sou o que poucos entendem, mas muitos querem ser.