Encontrei-me laçado pelas cordas da... Azevedo Silva

Encontrei-me laçado pelas cordas da ilusão,
E completamente dominado pelas linhas das emoções.
Percorri caminhos inusitados e inéditos na linha do equador,
Aonde os passos não se firmam e o coração acelera
E nasce a perda do folego ,
O oxigênio perde-se nas ondas da altitude,
O pulmão se sente contraído pelas correntes da falta de ar,
Os rins começaram a dar sinas de falência e a boca ressecar.
A sede invade até a alma,
Mas água não há para dessedentá-la.
O que fazer ?
Alcancei o pico mais alto da terra sorrindo,
Agora só sei o que é chorar,
As forças se esvaíram.
O medo de morrer aplaca o pouco poder de resistência que ainda havia,
À morte, ah! Morte,morte oportunista.
Vestida de um manto carmesim
Um cinto de ouro sobre os ombros
Ostentando poder e riquezas.
E ,eu a cada milésimo de segundo,
Sentia-me atraído e abraçado por ela.
O calor frio do seu abraço durante o Sol do meio dia
Parecia-se estar na madrugada de uma noite gélida.
Mas,de repente o corpo fraco enfraquecido,
Sofre uma reação descomunal e inexplicável.
E começa aquecer,aquecer,
E a sensação bandida da morte se vai...
Vai esvaindo-se pelas correntes renovadoras do viver,
E a morte vestida de vermelho sofre uma metamorfose,
E reaparece vestida de mortalha sem cor e sem vida.
O meu corpo fraco enfraquecido é renovado,
E os laços da corda de aço da ilusão se desfizeram
E as linhas que dominavam as minhas emoções quebraram-se.
Renascia-se assim, um novo ser,
Um novo homem...
Pronto e determinado a viver uma nova história,
Uma nova vida desnudada dos antigos erros,
E pautada na linha da consciência reflexiva
E na expressão vivida do poder da memória.