Ela agarrou a mão dele como quem segura... Aline Bermejo
Ela agarrou a mão dele como quem segura a salvação, naquele mar de gente, numa caminhada cega. Não havia medo, as roupas molhadas pela chuva e não sentia frio, os braços ao alto “caminhando e cantando e seguindo a canção”. A força da multidão era a mesma com que seu coração batia desenfreado, louco. Esperança boba de um beijo de cena histórica, mas não havia tempo para romance era tempo de lutar, de levantar os braços e gritar. E se perderam na multidão, da mesma forma que muitas vezes haviam se perdido um do outro na vida.