Apenas um desabafo da alma... Após... Lívio Ribeiro
Apenas um desabafo da alma...
Após alguns dias ausente e mesmo depois de relutar em escrever, bravamente tentei rabiscar algumas frases, mas foram esforços repetidamente em vão, não consegui interpretar nenhum dos milhares e agonizantes gritos que a minha alma emitira. Tenho tentado conviver em meio a lágrimas, sofrimento, sentimentos ambíguos que naturalmente já vivi em alguns momentos da minha vida. Porém assim como agora nunca foi fácil lidar com minhas emoções. A frieza, a indiferença, a raiva, a revolta, a mágoa, o desprezo e a distância não são suficientemente o remédio que me arrancará esse mal, sim! su-fi-ci-en-te-men-te não são o remédio, é como se determinada doença tornara-se crônica e fortemente resistente a todas as drogas administradas, como se não houvesse mais cura. Eu não vou aceitar! E foi exatamente por isso que decidi expor nesse espaço onde tento falar das experiências do coração e da alma que por mais difícil que seja o enfrentamento das decepções amorosas ou quaisquer outras situações vivenciadas rotineiramente, o enlutamento é inevitável e consequentemente perderemos muito de nós mesmos, mas recuperar-se é uma questão de tempo. É gradativamente lenta, praticamente em doses homeopáticas e lá adiante nos pegamos livres dos flash-backs que inicialmente machucam, trituram o coração, devoram! A alma chora... sofre e entristece, mas assim sem avisar somos surpreendidos com uma força que surge do nada e erguemos a cabeça, revestidos de tamanha coragem e segurança que nos lembram o quão especiais somos e tudo o que temos a oferecer e assim foi feito e quem perde é quem não o valoriza e que valor não se impõe, mas vem por merecimento. Portanto cada pessoa sabe o que merece e quem merece estar ao seu lado dividindo todo um tempo, uma vida, promessas e planos - sua fidelidade. Já não sei mais nada sobre ninguém, mas de mim sei muito e agradeço isso a todas as pessoas que passaram na linha da minha vida, quando algumas deram nós, outras os desataram e todas contribuíram para o meu crescimento emocional e até espiritual. Vivo um momento bom, um dia de cada vez... não me pego mais lutando contra mim mesmo. Vivo livre - uma liberdade sadia e prazerosa. Vivo o bem - recuperei minha saúde física e mental. Vivo o respeito - a mim mesmo quando deixei de viver o outro. Vivo a fé - quando me enxergo no futuro após tanta dependência. Vivo o eu - aprendi a ser egoísta e cuidar mais de mim. Enfim simplesmente vivo... a Vida!