Foi naquela manhã de um dia quente de... Aline Bermejo
Foi naquela manhã de um dia quente de junho, quando ainda de olhos fechados ela sentiu aquele corpo quente envolvendo o seu, num abraço tão amado e familiar que ninguém poderia dizer que abraçava igual.
Conforto de cobertor e dedos dos pés enroscados
Abraço de cintura e pescoço
Mãos dadas, enlaçadas
Cheiro na nuca, cabelo de mulher
Nebulosa como um sonho a noite foi vivida em tons e cores tão fortes que embora acordados, eles ainda se sentem sonhando. Naquela manhã ela decidiu que a sobriedade do seu beijo era muito mais fácil e terna que as horas perdidas em que por vezes passaram a falar e repetir palavras bêbadas sem nada acrescentar aos seus pobres seres.