E ela ficou em silêncio Ao som do... May Lu
E ela ficou em silêncio
Ao som do vento...
Que se revelava um menino serelepe
Despenteando tudo a sua volta
Sapateando descalço
Entre delicado e arredio
Deixava nesgas de esperança nos passos
Ela podia sentir sua gargalhada
Espalhando no ar um cheiro de flor quando sorri
E em redemoinho coloria todo o quintal do mundo
Movimentando nuvens mágicas pelo céu
Com as cores que eram sós dela...
Um estampado céu de borboletas.
É nesse instante que ela agradece
E abre os braços para uma prece.
Numa serena felicidade distraída
Deixou-se embalar na ternura do momento
Pois esses dias não são frequentes,
Acontecem muito raramente!
Dias assim tem sabor
E deixam na alma um suave gosto de mel.
E então, o vento tocou de leve sua face
Num suave beijo de despedida.
Beijo assim... É feito de algodão doce!
Ela tocou a face com as mãos
E deixou-se ir...
Estava na hora de voltar para seu refúgio
E o vento prosseguiu em seu giro pelo mundo.
Entretanto,
Já não tinha mais jeito de menino serelepe!
Deixou atrás de si os devaneios,
Ganhou outros aromas, outros movimentos,
Deslocando-se agitado.
(Nada é pequeno quando se prova a ternura do vento)