Ainda que seja inexplicável, não temo... R. Quarenghi
Ainda que seja inexplicável, não temo a morte. Já estive diante dela por vezes e, talvez, por não ter a pretensão de entendê-la - já que isto é impossível antes que eu morra - meu receio não habita nesta morada. Não tenho medo do desconhecido, porque sou um aventureiro; um desbravador por essência.
Eu temo o amor, que tantas vezes pensei compreender perfeitamente. Temo o amor personificado, ainda que não seja por uma mulher, mas por um semelhante qualquer. Temo o amor, porque não consigo conceber como algo para o qual eu tanto me dediquei em todos os instantes de minha vida, seja tão indiferente a mim.