Lamúrias de um sem tecto Nas manhãs de... Adelium Castelo
Lamúrias de um sem tecto
Nas manhãs de inverno/ as pessoas passam por mim/ como as águas no litoral/ sou invisível aos olhos do mundo e do tempo/ quiçá... Quiçá visível aos olhos de Deus./ sirvo de tapete para os ricaços/ na entrada das lojas./ Onde irei reclamar?
P´ra onde se foi a minha alegria?
Que vida é esta em que somos acoitados pela penúria?
Até quando tanta miséria?
Onde irei reclamar?