TEMPO Como se fosse algo sutil, Não... Ednaide Gomes de Paiva
TEMPO
Como se fosse algo sutil,
Não consigo tocar,
Não consigo alcançar...
E mesmo que eu queira,
Um grito não chama atenção,
Um choro não toca o coração,
E as palavras não chegam a ti,
Por fim, fico esperando,
Tentando aceitar o que nao posso mudar.
O tempo passou e não tenho como fazer voltar,
Não existe mágica...
Não possuo varinha de condão,
Não sou o autor da vida.
Águas que caem no chão não banham mais,
O vento que soprou meus cabelos,
Não serão os mesmo de amanhã,
Nem daqui a um segundo,
O ar que respiro nao será o mesmo.
Os anos que se foram,
Não traram a essência do que vivi...
Só resta a lembrança e o agora.
As ondas batem no rochedo,
Traz-me medo...
Os pequenos calcários que se soltam,
Ficaram na terra,
E como tudo sofrerá mudanças...
Eu mudei, o tempo findou,
Não sou a mesma e não serei no futuro,
A passagem terrestre segue,
Modifica o que tem fora,
Permanecerá o melhor... Por dentro.