EQUILÍBRIO Irritada me vejo, perco-me,... Ednaide Gomes de Paiva

EQUILÍBRIO

Irritada me vejo, perco-me,
Quero gritar, sair desse lugar,
Não vejo solução, estou em embaralhados pensamentos,
Não aguento... Como sair?
Vou explodir...
Sofro, choro e assim mesmo não dar,
Como é difícl decidir,
Como deixar? O certo fala,
Incomoda meu eu,
E sem menor explicação,
Exige de mim,
Não devo partir? ou devo?
Oh! como é ruim está só,
Como é triste não ter você,
Insensível posso me tornar,
E como vou me olhar?
Essa não sou... Aqui está outra realidade,
Ainda resta algo à fazer?
Percebo que o silêncio toma de conta,
A invasão no meu mundo secreto é inevitável,
As coisa tomam o rumo que tem de ser,
Forte, destemida, decidida,
Muitas das vezes cruel...
Parar, respirar e viajar.
Quebram minhas asas por um tempo,
Fico no chão, sem forças, fragilizada,
Cansada e dolorida,
Que vida!
Mais uma vez levantar,
Mais uma vez se recompor...
Não me olhe com pena, ainda não estou por vencida,
Cicatrizarei minhas feridas...
Levanto-me, ergo-me como uma leoa,
E livre como uma águia,
Ganho o espaço do horizonte,
Torno-me grande,
Começo a voar...