Não é que a gente não se importa, a... Geisiany Quintino
Não é que a gente não se importa, a gente deixa inerte pra que isso tenha menos impacto possível em nós.
E quando surge uma oportunidade, não é vingança, é carência, saudades daquilo que se foi e ficou só na aparência.
A gente junta os fatores, os de lá e os de cá, e acaba sendo um resultado prazeroso, mesmo que por um momento.
Pois, é cansativo cultivar e nunca ver a colheita, é cansativo esperar por pequenas notas, esperar vai ficando cada vez mais difícil, mas a gente vai tentando, e o pior de tudo é ver que seus sonhos estão desmoronando, desfazendo-se por abnegação sem reciprocidade.
E o coração vai se tornando um deserto, desejando ser um jardim.
Parece que não, mas acaba faltando respeito entre nós.
Pois as conversas ficaram escassas, os carinhos distantes, os desejos embaçados, e o amor quase apagado, por tentativas frustrantes de regar, regar e não ver o recompor das almas.