Não acredito que amor morra. Acredito... André Saut
Não acredito que amor morra. Acredito sim, que adormeça. Então sugiro amarrar-mos sininhos para que ele fique desperto, sininhos nas nossas atitudes tanto nas que tomamos quanto nas que esquecemos, como fazer um carinho, mandar flores, conversar, contar o que fez, o que sonhou, os tropeços do dia, as vitórias conquistadas. Colocar sininhos também nas caras fechadas, nos olhos bravos, na voz alta e um bem grande no silêncio, porque este, quando não diz nada, pode estar sendo entendido de forma errada. Não estou dizendo para sermos vaquinhas com sinos pendurados e mecanicamente tornando atitudes, estou sugerindo alarmes para escutarmos o que por costume, não estamos mais enxergando antes que de repente o estrondo da badalada de um enorme sino no teu ouvido te acorde de sonhos maravilhosos que estava, sonolento, vivenciando.