Medo é amor, disse alguém, talvez a... Loyola Brandão
Medo é amor, disse alguém, talvez a mãe, ou a professora, uma tia qualquer, havia tantas, deslumbrantes. Ficou sem entender e explicaram que quando a gente ama, arranca o coração e o entrega ao outro. Compreendeu menos ainda: Se arrancarmos o coração, morremos. amar é morrer. Acrescentaram e foi um susto.
Assombro do qual demorou a se libertar, se é que conseguiu. Por que se amar era bom, deveria significar a vida, e não a morte. Se amar é morrer, nunca vou amar, serei eterno.