Direito à Opção Diretas, não... Fernando Minari
Direito à Opção
Diretas, não dúvidas.
Objetivos, não jogos.
Mais me ganha a sinceridade que a hipocrisia.
Mais me ganha o prazer momentâneo que a ilusão eterna.
Assusto-me com a mentira, com a roubalheira sentimental (vide o conceito de roubo e me entenderá).
Não me venha com lábias mal pagas: eu me afastarei.
Venha com a louça limpa sob a mesa de vidro, onde veja seus pés.
Não é dádiva. É vida. Com a vida não se brinca (nem com o coração).
Não se brinca com a minha, nem com a sua. Com a de ninguém.
Mais me cativa o limpo breu, que o paraíso artificial.
Mais me cativa o preto no branco, que o branco no branco (se é que alguém me entende).
Prefiro ser realista ao ser sentimental (mesmo não conseguindo).
Ser racional ao ser ingênuo (mesmo não querendo).
Talvez seja do tipo “romântico” (como me definiram e confesso, achei fofo).
Ou do tipo “na minha” (como me defino).
Independente do tipo, da qualidade ou do rótulo, ainda sim, mais me ganha às verdades nojentas que as ilusões adocicadas.
Mais me enraízo no terreno aberto do que em um labirinto confuso.
Prefiro ter visão e não cegueira.
Sou a favor da opção (de sofrer ou não), ao invés da ilusão.