Que te quero é tão certo e eu não... Mary Princess

Que te quero é tão certo e eu não posso negar ou pensar que não pode dar, se eu não tentar por nós, se eu não confiar, o que dizer se eu já extrapolei sua boa vontade?
Das mil formas de dizer, te devo um bocado. Muitas explicações. Preciso aprender as outras 999 e as que ainda podem surgir. Se tudo isso não passar de uma fase, eu juro que há de ser a melhor, a mais linda possível, com todo romance digno de te impressionar. Poetisa não sou, fraquejo na minha missão. Designada a ouvir não. Sonhar sem fé, então por que me enganar se nem mesmo creio no que estou convictamente pedindo? Não faz sentido algum, se todas as dúvidas se punem e eu não subo, somente tropeço. Sorrio para que tudo esteja bem. Digo não, querendo dizer o que não posso, preferindo dizer que não quero e o não querer é um adorno tão falso quanto àquelas pessoas todas que me desejam feliz aniversário e viram o rosto pra mim o resto do ano. Inútil covardia, falta da garra, do moralismo de droga que me enche de culpas por te ver desse jeito. Pensar no que deveria realmente escrever. Lá se vai metade do entusiasmo. A outra metade já se perdera no processo natural de desintegrar as vontades todas em um texto só, uma dedicatória boba. Procuro me conformar. Repudio a verdade ou caio em contradição?