E me percebo diante da tranquila fúria... Regiane Raquel
E me percebo diante da tranquila fúria do vazio do nada. Louca em meio às confusões da razão e perdida no âmago da nociva paixão. Tenho uma imensidão de cal que escorre pelo interno da pele. Tenho um cotidiano desmensurado e uma tediosa noite, mesmo em dias de sol. Um pânico calmo na madrugada e uma ilusão desvairada (diferente) a cada amanhecer. E devoro sonhos. Esse punhal que fere passivamente o que eu chamo de talvez, quem sabe, um futuro. E transmuto em impotência serena frente à mim mesma. Nessa serva que inventa a dimensão do que nunca foi. Simbólica, temo meu encontro com o espelho. E sei o que existe atrás dele.... e, saber? Te garanto, nem sempre é bom.