Ela está sempre à beira de dizer o... Resabinar
Ela está sempre à beira de dizer o nome dele. Mas recua no último segundo, como um animal selvagem, com medo. É quase como um medo mutuo. Eu sempre, em qualquer palavra, assunto, circunstância, estou à beira de dizer sobre ele. Sinto em minha língua o gosto aterrorizante do nome dele, brincando, perversamente, dentro da minha boca, sentindo-se dono. Em conversas, eu posso sentir que ele está presente, quase entrando no recinto e flutuando junto das palavras despejadas pela boca. É como se ele, escutando a conversa como um intruso, estivesse atrás da porta. Uma presença estranhamente perto, perpetua. E lateja aonde quer que eu esteja.