Tempestade Em uma manhã fria de inverno... Leivânio Rodrigues
Tempestade
Em uma manhã fria de inverno chorei,
Impulsionando a chuva que lá fora caia,
Se perdendo na visão turva da cidade branca,
Esvaziando as nuvens do meu pensar.
Eu chorei...
O frio que tomava meu corpo como parte dele,
O coração que quente não resistiu,
E o laço de compaixão que se partiu.
E eu chorei...
As lembranças que este tempo sombrio traz,
As incertezas do amanhã chegar,
O medo das ventanias e do tempo fechar.
Chorei...
A angustia de ver a água subir,
O temor da terra sumir,
A certeza da luta pela vida do homem bom.
Sim, eu chorei...
No papel as gotas que escrevi sem pensar,
Os sentimentos em cárcere do meu gostar,
As alegrias no verão de quem pude amar.
Mas também chorei...
Vendo a chuva passar,
O azul do céu voltar,
A alegria de novamente ver o sol brilhar,
E ter a esperança de ver um novo dia chegar.