E as coisas bonitas, quem valoriza?... Janaina Fischer

E as coisas bonitas, quem valoriza?

Sempre críticas, ameaças, pedras lançadas em pessoas que muitas vezes nada fazem além de sentir. Críticas por todos os cantos, na política, na sociedade, no amor, no ódio, na internet. E as coisas bonitas, quem da valor? Aposto que todos os dias ao menos uma borboleta voa próximo a você, e você nunca a observa, pois ela é pequena demais e talvez não chame sua atenção, não é? Pois bem, essa borboleta tem algo que você muitas vezes pode querer: Ela voa, ela é leve, pura e livre. Liberdade, está aí algo bonito, algo que eu desejo ter. Que lindo seria, se eu pudesse voar bem alto, gritar o quanto eu gosto das coisas alegres, pessoas sinceras, gestos simples. Gritar, gritar e gritar, sem ter medo das pedras que serão atiradas em minha direção, sem ter medo dos julgamentos que farão uma imagem minha que não existe. Deitar na grama, rolar o dia inteiro. Olhar para as pessoas na rua e as ver sorrindo ao invés de caras fechadas, estranhas. Conhecer pessoas puras, que não tem medo de se entregar as maravilhas da vida. Que lindo seria, se todos fossem dignos de pureza, dignos de preservar o que sentem e cuidar apenas de si mesmo. Que protegessem de verdade quem gostam, não com violência, mas sim com amor o suficiente para que essas pessoas não se machuquem. Que lindo seria então, se não houvesse magoar-se. As polícias não matariam os inocentes, pessoas não passariam fome e então não precisariam roubar para sobreviver. Não haveria preconceito, a igualdade estaria um pouco estabelecida. Os animais não seriam maltratados por terem a liberdade e a beleza que o ser humano quer tanto conquistar. Assim então é construído um mundo de paz, onde as coisas bonitas são valorizadas. Esse mundo não existe pessoas más, querendo acabar com a felicidade alheia. Esse mundo é unido, é repleto de pássaros e borboletas voando e sendo observados por pessoas deitadas em gramados com quem amam. Um mundo onde você não tem que ter medo de ser o que é, pois todos sabem que dentro, lá no fim, todos são iguais. Um mundo justo, que só podemos ter dentro de nós. A pureza foi quebrada, a paz não existe mais, a inocência foi roubada e a injustiça nasceu. Esse é o mundo atual, a triste realidade de pessoas que não valorizam as pequenas coisas bonitas.