Olho o rio da vida passar por mim. Não... Renata Ferreira Santos
Olho o rio da vida passar por mim. Não há muito o que fazer. Toco nas águas com vontade de recuperar algo, mas meus olhos tristes sabem que não há o que encontrar. Tudo foi levado, mas eu ainda estou aqui. Quem sabe em ruínas, mas ainda estou aqui. Ruínas também são preciosas. Guardam histórias, resquícios de épocas que não voltam mais. Talvez eu seja ruína. Quem sabe eu guarde em mim todos os ventos que já movimentaram o rio da minha vida? Quem sabe eu me reconstrua de novo?