Sei (Porquê) Sei... Que nada é... Karlla Di Araujo

Sei (Porquê)

Sei...
Que nada é impossível, mesmo acreditando no fundo do poço. Nada é impossível para viver...
Sei que ainda posso respirar querendo ou não eu posso ainda estar viva. Tento... Buscar uma forma para continuar vivendo por aqui. Estou aqui, pode me ver? Me sentir? Porque se foi e não me disse adeus? Porque ainda sinto sua falta? Por quê?
Sei... Que a vida é breve, que nada que faça me fortaleça! Às vezes sinto sangue em minha voz... Porque estou aqui sentindo sua voz e seu calor? Por quê?
Não posso senti quando está longe de mim, e quando voltar, voltará sua alma ou a mesma foi entregue a sombras...
Sei... Que nada que eu faça possa te trazer ou te ressuscitar...
Quando pedi que voltasse, você me sorriu e eu sabia que isso não tinha volta. Mas você me fez acreditar que dificilmente seria feliz outra vez...
A tormenta dessa noite trouxe seus sonhos mais sombrios... Grito seu nome ao vento e ele me ri dizendo que tu se foi. Porque me deixaste, quando eu só queria dizer adeus? Mas você tinha que ser o ultimo, tinha que ser o nunca mais... Quando vejo que nada foi fértil, que nada valeu a pena vejo as nuvens carregando todo o seu rancor e ira... E no meio dela vejo você. Vejo que ainda você me atormenta... Por quê?
Tudo que me ensinou foi lutar mesmo com dor.
Tudo que me ensinou foi acreditar que nada acontece se eu quiser.
Você me deu a chave que não abre porta alguma. Então o que quer que eu faça?
Não posso te amar. Não amamos fantasmas...
Não posso te tocar. Não tocamos as sombras...
Não posso te falar. Não falamos com mortos...
Sei... Que ainda posso, não sei como, mas posso viver...
O porquê nunca vai saber.