Quem me dera tivesse talento escreveria... Gabriela de Almeida
Quem me dera tivesse talento
escreveria um soneto de acalento
às almas perdidas.
Mas palavras me faltam
e o ritmo me abandona atordoada,
nas preocupações desse mar.
Breque!
Driblo o clichê
pra não dizer à você
que sinto muito.
Elaboro então uma rima
pra envolver sua sina,
que a felicidade a ti sorria.
Rejeito o padrão,
mostrar ao seu coração
que na vida há continuação.
O fardo da cruz
lhe trará a luz
e seguirá a diante.
Assim que o chover dessas lágrimas cessar
poderás continuar,
sabendo que nem tudo está perdido.
Não há inimigos;
e seus queridos
não mais desprotegidos,
descansam solenemente
desejando profundamente
que vocês sigam em frente.
Às almas perdidas, desejo a luz.
E aos que ficaram, desejo o conforto da aceitação.