ESCONDE-ESCONDE Tempos idos, tempos de... Lúcio Ernesto Caixeta
ESCONDE-ESCONDE
Tempos idos,
tempos de pés no chão e bolinha de gude...
Oh saudade de ser criança!
Mas a criança em mim não morreu
só se escondeu dentro de mim.
Quando eu tento acha-la procuro em meu coração
onde guardo lembranças de um menino
levado sapeca e muito curioso.
Agora sendo homem feito não canso de procurar
em mim essa tal criança e sua ingenuidade.
Quando a acho sinto-me feliz
porque foram tempos bons tempos
onde essa criança corria riscos incalculáveis,
mas essa criança vingou e virou homem.
No final brinco de esconde-esconde com essa criança
e finjo que não sei onde ela se esconde!