“As minhas palavras não fazem mais... Lívia Loback
“As minhas palavras não fazem mais algum sentido, eu ando percebendo isso. Eu repito tudo, é tanta coisa pra botar pra fora, mas eu só consigo pensar em você, dizer sobre você, é uma monomania minha. Caminhei essa semana, numa estrada vazia, e pensei ter ouvido sua voz com o vento e comecei a imaginar nós dois juntos, não velhos nem nada, jovens ainda, eu do seu lado na cama e acariciando seu rosto, enquanto você ouvia minha respiração suave, e eu hesitava em falar, só que eu continuei calada, apenas pra deixar o silêncio presente entre nós. Escorreu algumas lágrimas do meu rosto enquanto pensava isso… E foi disso a pior pra mim, eu pensei como seria engraçado eu te acordando com um beijo no rosto, e você mal humorado reclamando da luz que vinha da janela. Se eu pudesse fazer um desejo, só um mesmo, seria te ter pra sempre, eu já não consigo me manter longe da sua presença, tudo me lembra você e essas cenas que podem ser futuras pra nós, não ajudam a enfraquecer essa paixão. Talvez eu devesse me preocupar apenas comigo, e alguns segundos, lembro-me que você é o meu coração, o meu sangue, o meu ar, meu tudo, sabe? E eu não posso me desfazer disso, em todos os meus planos eu o quero junto, quero ficar nos seus planos também, óbvio. Me procure quando estiver irritado ou até mesmo alegre, eu sempre vou estar aqui pra você, aliás eu vou estar dentro de você, então comece a sussurrar, não na frente de outra pessoa, vão achar que você é louco. Sussurre eu sempre vou ouvir, ou mesmo pense e nunca demonstre, de qualquer forma eu vou saber quando você estiver chateado. Estou me olhando e olho em minha volta também, eu vejo cada pessoa podre por dentro, mas não com má intenção, sim vazias, sem conteúdo, sem amor, apenas com capas… Digo-lhe hoje até quando você se for pra sempre da terra, por mas que eu tenha algum jeito ogro, e esquisito, seja fresca e tenha medo de te magoar, eu te amo, por que no meu de todos, alguma coisa me chamou atenção em você e não foi sua aparência, foi algo por dentro.”