O estranho e complicado mundo dos... Suenilson Saulnier de...
O estranho e complicado mundo dos adultos, envolve uma serie infindável de situações que se apresentam através do senso e contrassenso, do equilíbrio e da descompostura, da honradez e da ausência de caráter, da solidariedade e da indiferença e ainda pela fraternidade verdadeira e pela desavença mentirosa.
Temos a oportunidade de nos agarrarmos aos bons sentimentos e as iniquidades da alma, basta escolher um caminho.
Estamos a cada segundo em contato com o bem e o mal, não sendo muitas das vezes claro à primeira vista a distinção desses dois espectros da alma humana. A dualidade de forças é acompanhante para toda vida dos indivíduos que habitam o planeta e a escolha do caminho a ser seguido é enlaçada por dúvidas, questionamentos, ardis e expectativas.
Valho-me aqui de Carlos Drummond de Andrade, que disse "Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado. E é assim que perdemos pessoas especiais."
Como contextualizamos essas palavras com o que referenciamos no texto até então? Simples, no bojo do que foi destacado, nos vemos diante da necessidade de julgarmos pessoas, seus atos e posturas.
É aí que somos testados se a maturidade adquirida até então é a suficiente para discernir o bem do mal, ou se ainda falta-nos desbastar ainda mais, as nossas próprias imperfeições. Expurgar dos nossos convívios quem é tido como mal é o correto, não é? A princípio sim. Mas e a gradação da ação, como obtê-la sem cometer injustiças?
Quando se apresenta para nosso julgamento dois grupos oponentes, por mais que nos seja doloroso, é necessário à administração da justiça. "Para bem julgar não basta sempre ver, é necessário olhar; nem basta ouvir, é conveniente escutar." (Marquês de Maricá).
É execrável quem age de boa fé, contudo com excessos em nome de ideais consagrados? Ou quem, quão lobo seja se traveste de manso cordeirinho? Quem trama na surdina, insufla antagonismos, semeia a discórdia e envenena almas juvenis, poderá escapar imune a condenação? São perguntas e mais perguntas, as circunstancias serão determinantes e inércia fatal.
Decididamente o aqui colocado não é a mais das agradáveis situações, entrementes os conflitos são partículas da convivência humana. Ignorar somente, evadir-se do “palco” ou fazer de conta que não é conosco, são paliativos próprios dos covardes e despreparados.
Não obstante as nossas próprias convicções de certa “neutralidade”, frente à própria escolha da estrada a qual queremos percorrer, infelizmente a vida em sociedade, não nos proporcionou essa prerrogativa, pois até os anarquistas se tendenciam a uma das posturas.
Em suma, temos livres escolhas para o bem ou mal, primeiro na formatação do nosso caráter e depois aliado a maturidade, quando convocados para tal, devemos julgar buscando no discernimento o desvendamento, se estamos diante do bem, penetrado por setas maléficas ou do mal, totalmente envolto em manto impostor e com “cara” de ser bom.
Livres escolhas, essas de fato são as grandes responsáveis pelo que fomos, somos e seremos perante a vida. Atentai-vos, pois ao pouco que aqui foi escrito, tomando cuidado com os perigos que se colocam, sempre adiante para baixo da estrada da vida.