Sou um toco no chão seco, esperando a... Paulo Roberto Gaefke
Sou um toco no chão seco, esperando a chuva para brotar.
Sou um resto do que restou de mim, mas ainda tenho forças.
Quando todos viraram as costas, eu me voltei para mim.
Quanto tudo o que ficou foi a solidão, eu fiquei solidário.
Quando todos deixaram de acreditar, eu acreditei.
E aqui estou, renascendo!
Brotando das minhas entranhas um novo "eu".
Mais leve, mais calmo, mais confiante.
Já não vejo as mesquinharias do mundo.
Sei separar amigos de conhecidos.
O joio do trigo,
a água da terra.
Tudo o que eu desejo é ser feliz.
Acha pouco?
Pra mim é o que basta, e sigo em busca da hora mais bendita,
o minuto mais abençoado, para formar o dia renovado,
em que deixo de ser uma aposta de futuro,
para ser a alegria do presente, vivendo sem dor,
distribuindo minha certeza e o meu amor.