Notas de um leigo amor E quando menos... Thomaz Alves
Notas de um leigo amor
E quando menos procurou, foi justamente bem perto do improvável que se surgiu.
O coração palpitou derrepente, sem saberem-se os motivos exatos.
Só sentia-se como renascendo de um sonho a muito esquecido,e que ate a Yoko,a nipônica de Lennon,fazia agora algum sentido...
Pois mendigando migalhas, vivia como os cães, ou como aquelas limitadas gaivotas que nunca cruzam seus mais autos horizontes,nunca ultrapassam seus limites,que vivem apenas dos peixes que sobram na superfície dos mares.
Não sabia até então, que quanto mais alto voasse, mais fundo mergulharia no mar, onde encontraria finalmente os melhores peixes.
E ele descobriu que até o coração mais sólido, não era impenetrável.
No mais, sabia que ate o material mais resistente do mundo,era criado de outro não tão obstinado.
Assim era ele antes, rígido, áspero, autônomo, com a enorme ilusão
de que era perfeito.
Sem a noção de que outro ser o completava.
Tornando-se assim, perfeitos e não “Perfeito”.