VENTOS DE MADRUGADA Virão ventos de... Lyster da Cruz
VENTOS DE MADRUGADA
Virão ventos de madrugada
Em sombras escuras
De cacimbos mal amanhecidos
Esfriando os descalços pés da mulembeira
No relento ressonar do fim da noite
Virão ventos assanhados e famintos
Que roubarão da terra
A semente deste cultivo de pobre
Virão ventos
Ventos como gentes
Que comerão a terra e a sua gente
Virão ventos
Que ventos, virão gentes