Um mundo sem brilho, sem doçuras, sem... Wilton Lazarotto
Um mundo sem brilho, sem doçuras, sem romantismo... Um mundo de novos princípios, gostos e preferências, mas o mesmo mundo. Tudo evoluiu, mas só vejo profetizando vitória as mulheres pelas conquistas de liberdade, independência e como diz o bordão “Não cozinho igual à mãe, bebo igual ao pai”. Hoje os homens valorizam mais a essência, até se encantam com a aparência, mas quando é para algo sério não faz a mínima diferença. Os homens hoje encontraram uma arte de viver, um dos grandes valores da vida que incrementaram em seu próprio íntimo desenvolvendo a humildade, tolerância e principalmente a sabedoria. Souberam adaptar-se a elas, tornaram-se eruditos enquanto as mulheres evoluíam e saiam dos lares na busca por conquistar o mundo, o homem observou. Foi um mero coadjuvante na evolução, tornou-se um descobridor de fatos que estavam a ser desvendados, mas sábio criou valores que não existiam, ao invés de confrontá-las, adaptou-se. Hoje o homem não procura pelo êxito, e sim por valores que o norteia, sabe que a mulher quando estiver ao seu lado será igual ou superior a ele, pois bem, o que nos faz largar as ferramentas um pouco e viver. Encontramos mais paz para nossas vidas, inspirações para sorrir, valorizamos nossos amigos, não nos preocupamos tanto, finalmente chegamos a um momento da evolução que conciliamos tudo o que amamos. Constituímos nossa própria moda, usamos o que nos for mais aconchegante, evoluímos interiormente nossos valores mais intrínsecos e melhoramos nossas qualidades. Hoje estamos dispostos a pagar pelos nossos valores, caso não estivermos dispostos a nos dispor a sacrifícios, abandonamo-los. No entanto, a outro lado, hoje os homens saem desprendidos, as mulheres aprenderam a conviver com a barriguinha, com as bebedeiras e as ressacas, pois se tornaram iguais a eles nisso. Muitos não sabem sequer uma poesia, jamais te mandarão flores, muito menos serão fieis, infelizmente. Tornou-se fácil sair e encontrar dezenas de mulheres sozinhas esperando por alguém, o homem evoluiu, encontrou esse “nicho” de mercado disponível. Porque namorar? Porque levar uma mulher a sério? Têm-se tantas disponíveis para usar e... Enfim. O mundo evoluiu, as mulheres e os homens também, mas ramificou muito e formaram-se culturas de todos os tipos, formas, estilos, meios, etc. Uma diversidade descomunal que nos remete a uma pergunta: E quando for para casar?... Vejo ainda filósofos surgindo em meio ao caos, vejo violinistas, pianistas e por incrível que pareça vejo poetas que fazem do alvorecer motivo para sua inspiração. Hoje o mundo está em grande discrepância, tenra mesmo! De um lado os padrões atuais (correto não condiz aqui) e do outro lado padrões ultrapassados (Jamais errados!), que me remete a reflexão: Quanto era belo um homem curvar-se diante de uma dama e com uma rosa conquistar sua companhia para uma dança. Hoje vejo, infelizmente, assim: E aí gata! Bora da uma volta? Como eram nobres os casais vivendo do alvorecer do amor em sua juventude ao padecer da vida diante da morte. Hoje vejo: o amor surgir às 23h55min nas festas e terminar as 06h32min quando enjoam de ficar juntos. Na noite seguinte surge um novo amor, há nem é tanto assim, tudo bem no final de semana seguinte, não mudou nada para mim. Mas enfim, escrevo isso porque nobre o homem que compartilha aquilo que trás consigo. Reflitam sobre isso, sei lá, ainda sonho em ver o amor durar uma vida toda, a fidelidade ser um hábito e não um diferencial sonho em ver um mundo nobre para os meus filhos que estão por vir um dia, sonho em deixar para ele valores que se perdem a cada dia...