CAMINHADA LENTA A caminhada quando... Tatiana Sobreira

CAMINHADA LENTA

A caminhada quando inicia de forma lenta
Se dá em metamorfose em desfechos bruscos e tenebrosos!
Consolidados na tragédia de membros e na forma de pensar sufocada pela ingratidão do tempo, que não espera decisões tardias.
No tempo, os ventos sopram de forma gélida, saídos de nuvens negras e pesadas de negatividade, que agridem histórias e histórias.
Reagentes, pesticidas
Bactérias, homicidas
Vírus, suicidas.
As mesmas formas, que um dia são diferentes, tornam-se iguais as formas iniciais.
O que um dia mostrou-se findar tragicamente e funestamente
Sucumbe a insignificância de uma esperança ao deparar-se com a lentidão de leitos úmidos sobrecarregados de lágrimas.
Agora paradas leves para brisas leves.
Nuvens espessas e rostos distantes e sem emoção perdidos no vazio do nada e sem recordação.
Aqui jaz um sentido.
Que outrora houve melancólica vida
Somente o nada sem fim, e não mais o cárcere frio da solidão.
Aqui jaz um eu, um seu, um meu
Aqui jaz uma ilusão.