Jovem taciturno de febril empatia Pelo... Rodrigo Borges Miguel
Jovem taciturno de febril empatia
Pelo transeunte na tarde outonal;
Dizei-me a razão da tua alegria
E Outorgai-me a cálida madrigal!
Ah, ampara-me, pois careço
De um afago que jamais terei.
Sei que vivo em um sonho avesso
À felicidade que desejei.
Para acordar para vida
É preciso nela não dormir.
Deixando no passar dos dias
A tristeza que lhe faz sorrir.
Ó jovem taciturno, eu lhe imploro!
No ultimo folego que ainda me resta:
Beija tua amada e contínua simplório,
Faz de cada instante uma memorável seresta!