“A morte é tão comum, tão normal. E... Carol Constantino.
“A morte é tão comum, tão normal. E mesmo sabendo que é algo inevitável, não nos acostumamos, não esperamos. E ela não deixa de chocar, de machucar, de doer. Ela fica lá te atormentando. Te lembrando de tudo que passou com aquela pessoa e de tudo que ainda poderia passar se não fosse ela. Se ela não chegasse e destruísse os corações de todos que rodeavam o morto. Ela vem e deixa o ‘e se’ plantado na nossa cabeça, então, paremos de teme-la e comecemos a aproveitar a vida, as pessoas enquanto elas ainda estão aqui. Enquanto a morte não chega. Enquanto ainda podemos deixar os ‘e se’ em aberto, afinal ainda podemos mudar as coisas. Porque depois da devastação, quando se olha pro lado e não vê mais aquele pai carinhoso que te fez, aquela mãe maravilhosa que te guardou sempre com ela, aquele tio que te cuidou, aquele irmão que te irritou, aquele amigo que te acompanhou, aquele filho que te desobedeceu, todos que estiveram ali, que te mostraram a felicidade, a raiva, o carinho, o amor, a amizade, o companheirismo… tudo, que viveu, que sorriu, que chorou, que abraçou, mas que agora não ta mais ali, não se pode tocar, olhar, abraçar, beijar, que só tem lembranças, fotos e aquelas coisas bobas e que antes pareciam insignificantes agora tem todo um valor.”