É assim mesmo… Aos poucos sendo... Carol Constantino.
É assim mesmo… Aos poucos sendo abandonada por todos. Toda vez que penso que já aprendi a lidar com a dor da perda, vem algo que me mostra o contrário. Toda vez que penso que não tenho mais nada a perder, vem alguém e me deixa me mostrando novamente a mesma coisa, Toda vez que penso que não tenho mais forças pra lutar, vem alguém e me dá forças. Mas toda vez esse alguém some, me deixa. E como meu coração fica? Não sei. Depois de tudo não sei nem se terei um coração… Meu corpo sobrevive, mas minha mente pede, clama a morte. Acho que darei o que ela quer. Será a mais fácil e melhor decisão já tomada. Se brincar a única certa. Eu sou sempre o apoio das pessoas, me acostumei com isso. Mas e eu? Quem apoia? Que segura? Quem levanta? Quem seca minhas lágrimas? Quem escuta meus chiliques? Quem me conforta? Quem? Eu não sou forte sozinha! Também preciso de um apoio. Também preciso de um alguém que fiquei, não posso fica toda hora mudando de apoio, porque a cada apoio trocada eu vou tombando e daqui a pouco eu já estarei jogada ao mar, afundando na escuridão. E a cada declínio rumo ao mar vou ficando mais fria, como um escudo, um guincho que me segura para não cair, não afundar.