As rugas congeladas nas ruas das cidades... Rômulo Romanha
As rugas congeladas nas ruas das cidades
Nas filas esperando por um pouco de esperança
Seus ossos corroídos por anos de servidão
Agora se tornam lixos e um peso social
Suas súplicas por justiça são ignoradas
Perversidade faz parte do jogo do poder
Lágrimas enfeitam as prateleiras dos senhores
Que sentem prazer em destruir seus sonhos
O cheiro putrefato do abandono é um perfume nas narinas dos detentores de capital.
A solidão e o desespero que essas pessoas se encontram animam olhos vorazes por dor.
A crença espalhada de que eles não mais servirão, faz com que até os mesmo se sintam inúteis.
Pessoas sofrem diante de uma nação silenciosa
Controlados pelo sistema não reclamam
Consideram essa fase como parte do processo
E se preparam pra sofrer calado quando chegar sua vez
De cabeça baixa seguem diante do opressor
Que coordena suas vidas medíocres até o fim.
Quando não será mais necessária
Aí seremos todos largados
Sem capacidade viver muito tempo
Além do que planejaram
Pois os recursos dados, não são uma ajuda
Mas sim uma forma de manter-nos fracos sem forças para lutar
E garantir que a nossa morte ainda esteja próxima!!