Aurora Rompe a aurora, Que de tão... Nilson Nogueira
Aurora
Rompe a aurora,
Que de tão proclamada
Nem é mais tão bonita...
E traz consigo murmúrios de pesar
De mais um dia de desafios
Nem sempre superados
[ou superáveis].
Rompe a aurora,
Que, de banalizada,
É clichê de poesia moderna.
Sem novidades a iluminar
Dissolve-se no calor da manhã ensolarada
Dando espaço à mesmice
Que repete feito espetáculo de circo
Mas sem a beleza da arte
E sem as cores do picadeiro.