Quanto mais eu escrevo, mais eu tenho... Stéfani Munhoz
Quanto mais eu escrevo, mais eu tenho certeza de que tenho que trancar isso a sete chaves. É como se às pessoas pensassem que é para chamar atenção. Como se imaginassem que eu preciso de socorro. Como se não entendessem as palavras e os seus significados. Tá certo que as vezes eu escrevo pra pedir socorro. Mas eu nunca escrevi pra chamar atenção. Nunca escrevi para as pessoas virem me perguntar se eu estou bem ou qualquer coisa relacionada a isso. Tudo o que eu rabisco em um papel, digito em um espaço branco ou rascunho na minha mente são experiências. É vida. É o que eu sinto, o que eu vivo, o que eu penso. Sem pensar em receber algo de volta. Eu penso só em mim, em me trazer de volta. Quando eu escrevo é como se eu me chamasse de volta pra mim, tirasse todos os disfarces e véus que me escondem pro mundo e me encontrasse com a minha essência, com o meu eu lírico, com a minha alma. As palavras viram confidência, as frases viram segredos e os textos viram um sigilo. É um mundo secreto e silencioso. E é por isso, que a cada dia tenho mais certeza de que não estou pronta para que as pessoas leiam os meus textos, ou elas que não estão prontas para lê-los. É só ter calma, ainda vai chegar a hora. A hora em que as pessoas vão buscar a si mesmos e ouvir o silêncio. E aí sim, elas vão entender o que as minhas palavras sussurram.