Olha, eu não quero tomar muito do seu... Amanda Sanches
Olha, eu não quero tomar muito do seu tempo não, eu só quero algumas respostas para as milhares de perguntas que não me deixam em paz. Eu ando meia desorientada, mas tenta me entender, há muita bagunça aqui dentro e só você pode me ajudar à arrumar. Eu sei que as vezes o meu jeito te assusta, mas eu quero que você saiba que eu to aprendendo a fazer menos barulho, não quero ver você longe de mim. Vem cá, me diz uma coisa, o que eu faço para te ter por perto? Ou pelo menos para te ter um pouco mais de tempo? É que eu preciso te convencer à ficar. Eu preciso encontrar um meio de te fazer enxergar todas as coisas bonitas que eu vejo quando estou ao seu lado. Me desculpa por ser assim: afobada, por querer tudo no meu tempo; mas é que um dia parece uma eternidade sem notícias suas. E eu ainda não aprendi a me desapegar das coisas, principalmente das pessoas. Não sei jogar fora as lembranças, esquecer os momentos, colocar a saudade no bolso e esquecer o passado. Não sei. E agora a gente só tem duas saídas: ou você me ensina a me desfazer de toda a nossa história, ou eu te ensino a ficar, sem armaduras e sem bloqueios. Porque eu já to cansada de você e dos seus medos. To cansada de esperar por um sinal de vida seu. Eu nunca sei o que fazer, eu nunca sei o que vai ser, eu nunca sei quando você vai aparecer. Essa brincadeira já perdeu a graça, a gente não tem mais idade para brincar de esconde-esconde. Então por favor, vamos ser sinceros uns com os outros: eu não vou mais te esperar; e você? Vai vir pra ficar?