Medos Esse medo que prende o meu... Gustavo Nascimento
Medos
Esse medo que prende o meu espírito
Nem pensa na hipótese de ir para longe de mim
Curvas escuras, onde reinam o vazio e o grito.
Pedaços de uma vida que por um triz eu pus um fim.
Na calada da noite eu deliro com as vozes que ouço
Meus olhos dilatados pelo sono soltam gotas frias
Meus medos cada vez mais à flor da pele
Deixam-me debilitado como um ser que vegeta em agonias
Saberia abraçar se me fosse dado o direito de fazê-lo
Mas tudo o que a vida me deu resume-se em pó
Essa escuridão misturada com os horrores da mente
Apenas contribuí para eu continuar sendo essa aberração tão só.
O medo que prende o meu coração
Nunca deixará sua cor vermelha tornar-se vida
Assim eu fico com os pedaços de uma história pela metade
E definho em um abismo em meio aos cacos de uma alegria destruída!