Medo de viver O luar prateado aos poucos... Douglas Rodrigues
Medo de viver
O luar prateado aos poucos vai enegrecendo,
motivado pelos tormentos,
os lamentos,
da ilusão que é amar.
As estrelas,
cintilantes testemunhos,
acrescentam a seu modo,
tão grande infortúnio
que lentamente ofusca
a intensidade desse mesmo amar.
As nuvens,
impiedosas,
testam os limites,
impõem barreiras
e testam até mesmo
as fraquezas do que é se apaixonar.
O corpo,
destinado a morte,
já não vê no fim do túnel,
nenhuma luz que lhe reserve sorte,
por isso o alvorecer
que nova vida traz,
representa a frustração
do que é para vida acordar.